Extintores de Incêndio – Como escolher?

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extintores de incêndio

Os Extintores de Incêndio são itens fundamentais e obrigatórios em praticamente todos os locais. No entanto, para que sejam realmente eficientes no combate ao fogo, é preciso verificar se o modelo em específico é adequado para o tipo de incêndio. 

Do contrário, o extintor será inutilizado e, além de não funcionar, poderá intensificar ainda mais as chamas. Por este motivo, saber identificar não só os diferentes tipos de Extintores de Incêndio, como também os diferentes tipos de incêndios torna-se de suma importância. 

Até porque, existe a possibilidade de incêndio em todo e qualquer lugar. Se acontecer perto de você e tiver um extintor próximo, você saberia utilizá-lo? Saberia reconhecer se aquele é o modelo ideal para o tipo de fogo que está à sua frente? 

Este é um conhecimento que pode salvar vidas já que é, sem dúvidas, um momento muito delicado e de muito estresse. É preciso pensar rápido e, por isso, ter a certeza de que está fazendo a coisa certa para controlar as chamas e não piorar ainda mais a situação.  

No artigo de hoje você vai conhecer um pouco mais sobre os extintores de incêndio, os diferentes tipos, classes e tudo de mais importante que você precisa saber. 

Sobre os Extintores de Incêndio 

Os Extintores de Incêndio são equipamentos de segurança produzidos com o propósito de controlar princípios de incêndio. É correto dizermos que o produto é feito para controlar somente o início de um acidente como este pelo fato da carga ser limitada.

Como o extintor é um cilindro, que pode ter de 1 a 12 kg, esse é o máximo de carga que suporta dentro dele. Ou seja, quando utilizada a carga pode chegar ao final, não sendo suficiente para controlar um prédio inteiro em chamas, por exemplo.

Este extintor que conhecemos hoje foi inventado em 1816, pelo militar britânico George William Manby. Após assistir um prédio de 5 andares pegar fogo, onde a mangueira do corpo dos bombeiros não alcançava o último piso, o capitão percebeu que algo deveria ser feito antes mesmo que as chamas tomassem tamanhas proporções.

Por isso, chegou na conclusão de que se houvesse acontecido uma aplicação imediata de água, mesmo que em quantidades limitadas, poderia ter evitado que o fogo se espalhasse pelo prédio inteiro. 

Assim, criou um cilindro de cobre, de 60cm de altura e 15L de capacidade. Dentro deste cilindro, George colocava um líquido que chamava de “fluido antichamas” — uma solução de potassa cáustica e ar comprimido. 

Tal fluido servia perfeitamente para controlar diversos princípios de incêndios. A partir daí o objeto foi se aperfeiçoando, chegando aos Extintores de Incêndio que temos hoje, com diversos tipos e modelos diferentes. 

Para saber qual o ideal, primeiramente devemos observar as classes de incêndio. Só assim conseguiremos controlar as chamas de maneira adequada, sem correr o risco de piorar a situação. Vamos ver abaixo quais são essas classes! 

Classes de Incêndios 

Os incêndios podem ser classificados de 5 maneiras diferentes: Classe A, Classe B, Classe C, Classe D e Classe K. O que diferencia um do outro são os materiais onde começaram as chamas. Para isso, você deve observar onde e como pode ter começado o acidente. 

Classe A 

O incêndio Classe A é aquele que ocorre em materiais sólidos e fibrosos, como por exemplo: papéis, madeira, lenha, tecidos, etc. A principal característica deste incêndio é que após a queima os materiais resultam em resíduos como cinzas e/ou carvão.

Para combater esse tipo de incêndio utiliza-se os extintores com carga d’água, principalmente. 

Classe B

Os incêndios Classe B são aqueles provenientes de líquidos e/ou gases altamente inflamáveis. Além disso, aqui também se enquadram os sólidos que se liquefazem no momento de combustão. Exemplo: gasolina, gás, parafina, etc. 

Nestes casos, ao contrário do anterior, não se deve utilizar extintores de incêndio com carga d’água! Mas sim, os que possuem pó químico seco em sua composição. 

Classe C

Como incêndio Classe C temos aqueles que iniciam em materiais elétricos energizados. Alguns exemplos são os geradores utilizados por empresas, cabos, motor, entre outros. Para controlar o princípio destas chamas é necessária a utilização do extintor de CO2. 

Classe D 

Este é o mais incomum dos incêndios, e se dá através de metais inflamáveis como o titânio e o magnésio por exemplo. Nestes casos, o único tipo de extintor capaz de atenuar as chamas é o que possui pó químico em sua carga. 

Classe K 

Este é o incêndio que ocorre em materiais específicos, como óleos, banhas quentes, gorduras, óleos de cozinha, restaurantes, praças de alimentação, hospitais, dentre outros. Os extintores utilizados nestes casos costumam possuir carga de Acetato de Potássio e o cilindro costuma ser de Aço Inox.

Como você viu, existem diversos tipos de incêndio e por este motivo, a prevenção é fundamental. Controlar as chamas enquanto estão no princípio é a principal maneira de evitar que o fogo tome proporções maiores. Mas como identificar qual o extintor ideal para cada classe de incêndio?

Isso vai depender de alguns fatores, como o local do incêndio e a classe do mesmo por exemplo. Vamos ver abaixo os diferentes tipos de Extintores de Incêndios. 

Tipos de Extintores de Incêndios 

Existem basicamente 6 tipos de extintores de incêndio, cada um deles tem uma utilização específica que deve ser respeitada. Utilizar o equipamento errado pode resultar no aumento das chamas e na intensificação do fogo, e não é o que nós queremos, certo?

Extintor de H2O 

Como o próprio nome já diz, o Extintor de H2O é o modelo cuja carga é feita de água. É  muito nas empresas, pois atende ao incêndio mais comum, aquele que é feito em papéis ou madeira. Geralmente utiliza-se o de 10 litros, e a água sai na forma de neblina ou jato. 

Extintor de Pó Químico BC

Extintor de incêndio de bicarbonato de sódio, modelo mais recomendado para controlar princípios de incêndio sobre gases, equipamentos elétricos, ou mesmo líquidos. 

Extintor de Incêndio de Fosfato Monoatômico

Também chamado de Pó ABC, este extintor de incêndio também é capaz de controlar as chamas provenientes de incêndios não só sólidos, como também líquidos, elétricos e gaseificados. 

Extintor de Incêndio de Dióxido de Carbono 

Dentre os extintores de incêndio, este é o modelo que apaga o fogo retirando o oxigênio. Isso se dá através do dióxido de carbono, que é liberado ao acionar a válvula e pode ser utilizado tanto em líquidos inflamáveis quanto em gases como gasolina, etc. Além disso, também é indicado para o risco elétrico. 

Extintor de Incêndio de Espuma

O Extintor de Incêndio de espuma é utilizado também tanto para controlar as chamas de incêndios líquidos quanto sólidos. Isso porque o material é extremamente volátil, no entanto, o modelo não é dos mais utilizados nos ambientes de trabalho. 

Extintor de Incêndio NAF

Este é o modelo mais revolucionário dos extintores de incêndio pois, além de possibilitar apagar o fogo em áreas ocupadas, permite também que seja utilizado onde há equipamentos eletrônicos. Além disso, é também considerado um Agente Limpo, que não deixa resíduos e de baixa toxicidade. 

O que acontece se escolher o errado? 

Cada um dos modelos deve ser respeitado. Se tratando de fogo, um simples detalhe pode melhorar ou piorar a situação! Os extintores que possuem a carga de água, por exemplo, são os mais indicados para incêndios Classe A, ocorridos em madeira e papel. 

No entanto, se fosse utilizado em equipamentos elétricos, seria um problemão pois a água é condutora de eletricidade. Dessa forma, aumentariam os riscos de choques elétricos e afins. Se fosse utilizado em líquidos inflamáveis também seria ruim, pois a água levaria o líquido para outros lugares. Assim, as chamas se espalhem ainda mais. 

Por este motivo que para incêndios de risco elétricos e à base de combustíveis ou gases, o recomendado são os Extintores de Incêndio secos. Aqueles que possuem como carga o pó químico, espuma, entre outros. 

Manutenção dos Extintores de Incêndio 

Por terem uma carga limitada, é preciso que você lembre sempre de recarregar os extintores após o uso ou eventualmente. Observe também o intervalo de renovação recomendado pelo fabricante, e respeite sempre os prazos de validade. 

Veja abaixo as principais recomendações que separamos para cada tipo de extintor: 

  • Extintores a base de água: possuem geralmente a validade de 1 ano para fazer a primeira recarga; Após 5 anos, é necessária a realização do teste hidrostático. 
  • Extintores de CO2: mesma validade de 1 ano para recarga; 5 anos para teste hidrostático; e necessidade de verificação semestral do peso do equipamento para observar se houve perda superior a 10%. Se houver, deverá ser substituído. 
  • Extintores de Pó Químico (BC e ABC): ambos os modelos podem ter sua primeira recarga válida de 1 a 3 anos; o teste hidroestático mantém-se a cada 5 anos. 

Dica Extra: os Extintores ABC possuem cilindros com pesos que variam entre: 0,9kg, 2kg, 4kg, 6kg, 8kg, 12kg. Pedimos atenção especial unicamente ao cilindro de 0,9kg que, devido ao seu tamanho, possui uma validade de 5 anos e após isso, deve ser totalmente descartado.Além disso, segundo o item 23.14 da NR 23, vemos recomendações quanto às inspeções dos extintores. Veja: 

23.14 Inspeção dos extintores

23.14.1 Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção (ver modelo no anexo). 

23.14.2 Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros, quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos. 

23.14.3 Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses dados sejam danificados. 

23.14.4 Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados semestralmente. Se a perda de peso for além de 10% (dez por cento) do peso original, deverá ser providenciada a sua recarga. 

23.14.5 O extintor tipo “Espuma” deverá ser recarregado anualmente. 

23.14.6. As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com normas técnicas oficiais vigentes no País. 

Instalando o Extintor de Incêndio 

Para instalar o Extintor de Incêndio corretamente, de maneira que esteja colocado corretamente conforme a lei, é necessário seguir algumas exigências que variam de local para local. Como por exemplo, a distância máxima entre uma pessoa o equipamento mais próximo.

Em locais de alto risco, essa distância não pode passar de 10 metros. Já os locais com riscos mais moderados a baixo, essa distância pode chegar aos 25 metros. Essa orientação é fundamental para que os engenheiros posicionem os extintores adequadamente. 

Nos lugares onde houver riscos isolados, deverão ser postos à disposição os extintores independente da proteção geral da edificação. Alguns exemplos de locais como este: 

  • Casas de Caldeiras;
  • Casas de Máquinas (elevadores, etc);
  • Casas de Bombas;
  • Incineradores;
  • Galerias de Transmissões;
  • Escadas Rolantes;
  • Quadros de Redução para Baixa Tensão;
  • Contêineres de Telefonia;
  • Centrais de Gases; 
  • Geradores;
  • Entre outros diversos locais que exigem proteções adequadas. 

Os Extintores deverão ser sempre fixados na parede, na altura dos olhos, ou no chão através de um suporte apropriado. O local onde o equipamento for instalado deverá receber uma sinalização adequada com as cores amarela e vermelha, placa de sinalização e etc. 

O que diz a NR 23

Caso o piso abaixo do extintor seja tipo rústico, este também deverá ser sinalizado. Veja o que diz o trecho da NR 23 sobre a Instalação dos Extintores:

23.17 Localização e Sinalização dos Extintores.

23.17.1 Os extintores deverão ser colocados em locais: 

a) de fácil visualização;

b) de fácil acesso;

c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.

23.17.2 Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas. (123.056-5 / I1)

23.17.3 Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro). 

Demais legislações sobre os Extintores de Incêndios 

Para entender melhor sobre as Normas de Segurança que regulamentam os Extintores de Incêndio você deverá consultar as leis estaduais da sua residência, além da NR 23.

Isso porque depois de feitas as últimas alterações na norma regulamentadora, que versa sobre a Proteção contra Incêndios, foi delegado que os corpos de bombeiros estaduais possam fazer suas próprias regulamentações.

Por este motivo, fique atento a tudo que rege essa informação para manter a sua empresa sempre em dia com a legislação! Além disso, você poderá ficar tranquilo sabendo que fez a sua parte em prol da prevenção de incêndios no local de trabalho. 

Ficou com alguma dúvida ou sugestão? Deixe seu comentário! 

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Continue a sua leitura com Capacetes de segurança Classe B.

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