Por que a máscara PFF2 é indicada para a proteção do coronavírus?

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máscara PFF2

A máscara PFF2 (ou respirador PFF2) é um Equipamento de Proteção Respiratória que tem estado em alta devido a pandemia do Coronavírus. Lá no começo de tudo, ainda em 2020, a busca por este equipamento foi tanta que resultou em escassez de estoque.

Logo, o Governo Federal liberou a utilização das Máscaras de Tecido a fim de diminuir a procura pelo EPI, já que profissionais da linha de frente estavam ficando sem o equipamento. O que amenizou, prontamente, o problema.

Agora, um ano depois, os respiradores PFF2 voltam a ser procurados pela população devido às variações do vírus. Enquanto escrevemos este artigo, a taxa de transmissão está para 100 pessoas positivadas, outras 123 são infectadas por elas.

Por este motivo, a busca por respiradores mais resistentes ao vírus e às variantes voltou a subir. Mas será que a escassez vai tomar conta de novo? Será que este deve ser um motivo para nós voltarmos a nos preocupar? É isso que falaremos no artigo de hoje.

Aqui iremos responder as principais dúvidas sobre a máscara PFF2, tão importante na atual situação do coronavírus e suas variantes no Brasil. Boa leitura!

Países Europeus voltam a utilizar N95

Recentemente, alguns países europeus tomaram a decisão de exigir novamente o uso de máscaras profissionais (EPIs) na luta contra o coronavírus. Essa situação abriu novamente a discussão quanto à eficácia das máscaras de tecido ou descartáveis para o caso. 

Muitas pessoas estão se perguntando se deveríamos abandonar as máscaras domésticas e voltar a procurar a PFF2, outras já estão preocupadas pela possível escassez do EPI tendo em vista que este problema ocorreu no início da pandemia.

O que acontece é que as opiniões ao redor do mundo estão muito divididas quanto a este tema. No entanto, diversas pesquisas apontam que os respiradores PFF2 e equivalentes são os que mais oferecem proteção não só contra o vírus, como contra suas novas variáveis também.

Na França, por exemplo, as máscaras domésticas foram expressamente proibidas. A partir de agora, é exigido o uso das máscaras cirúrgicas; FFP2 (similar a nossa PFF2) ou máscaras de tecido produzidas de acordo com padrões que eles chamam de categoria 1.

Alemanha e Áustria também já estavam exigindo o uso de máscaras mais eficientes contra as variações do vírus para pessoas que utilizam transporte público e comércio. O motivo que todos alegam é o mesmo: consideram as máscaras caseiras inapropriadas para essa nova onda de Covid-19. 

Como está a situação atual do EPI no Brasil?

Por outro lado, aqui no Brasil, a situação segue quase a mesma. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) diz que mantém sua indicação para uso de máscaras de tecido para pessoas em geral, devidamente higienizadas e trocadas a cada 2h. 

A máscara PFF2 é destinada aos profissionais da linha de frente, que prestam atendimento direto a pacientes com suspeita/confirmação de covid-19. A ANVISA diz que reconhece a indicação de países europeus para uso das máscaras profissionais. No entanto, ainda não há recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para isso e, portanto, mantêm-se as máscaras caseiras.

Um representante da agência brasileira completa: “e isso se dá principalmente devido à falta de evidências que sustentem essa indicação e para evitar o desabastecimento dos serviços de saúde com este insumo tão importante para a prestação de assistência aos pacientes com covid-19 durante a realização de procedimentos que possam gerar aerossóis”.

Além disso, uma novidade que surgiu recentemente é a possibilidade da utilização de duas máscaras – uma descartável e uma de tecido por cima, quando não se tem a máscara PFF2.

Segundo a Universidade Federal do Paraná, esta é uma maneira de aumentar a proteção das atuais máscaras contra o coronavírus e suas variáveis. Cristina de Oliveira Rodrigues, médica com experiência em doenças infecciosas e parasitárias, comenta:

“O objetivo é melhorar o ajuste, pois quanto melhor a máscara se ajusta, mais ela protege. A máscara cirúrgica filtra bem as partículas de vírus, enquanto a máscara de tecido melhora o ajuste. Experimentos do CDC dos Estados Unidos descobriram que a utilização de dupla máscara pode reduzir a exposição a partículas infecciosas em mais de 95% se a pessoa infectada e a pessoa não infectada estiverem utilizando duas máscaras.” 

Lembrando que esta situação não se aplica à PFF2, que deve ser utilizada sozinha.

Vai faltar EPI?

A boa notícia é que com a utilização das máscaras de tecido, o estoque de PFF2 no mercado melhorou bastante. Não é esperado um novo momento de escassez, já que a utilização de duas máscaras parece resolver a questão da nova onda de covid-19.

Portanto, fique tranquilo. Utilize suas máscaras com responsabilidade, higienizando e trocando sempre que necessário, e deixe os EPIs para os profissionais da linha de frente que realmente precisam.

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