Blog   EPIs   20 de fevereiro de 2019

Saiba tudo sobre as Medidas de Controle do Risco

Tempo de Leitura: 6 minutos

Medidas de Controle do Risco

Segurança do Trabalho é um conjunto de normas e tecnologias que possuem como objetivo promover a saúde e a proteção do trabalhador em seu local de atividade, visando reduzir significativamente o número de acidentes e doenças ocupacionais.

Para que esse objetivo seja cumprido, Medidas de Controle do Risco específicas para cada atividade são adotadas para que assim possam diminuir a situação dos riscos ocupacionais iminentes.

No artigo de hoje, iremos falar sobre as principais Medidas de Controle de Risco para que você se mantenha sempre bem informado.

Confira!

A quais riscos o trabalhador está exposto?

Segundo o Ministério do Trabalho, podemos classificar os riscos ocupacionais de acordo com sua origem, seja ela física, biológica, acidental, química ou ergonômica. Para cada uma dessas ameaças, Medidas de Controle do Riscos são adotadas.

Tais riscos podem ser tanto operacionais (riscos de acidente), ambientais ou comportamentais (químicos, físicos, biológicos e ergonômicos).

Os riscos de acidente são aqueles relativos ao processo operacional em si, como por exemplo ferramentas inadequadas, operação de máquinas desprotegidas, matéria-prima contaminosa, etc.

Os riscos ambientais são relativos ao ambiente da atividade, como por exemplo a presença de calor, gases, vapores, etc.

Já os riscos ergonômicos, são aqueles relativos ao conforto do trabalhador enquanto executa uma atividade. Como por exemplo, má postura, movimentos repetitivos, etc.

Abaixo vamos ver com mais detalhes cada um destes riscos.

Riscos Ambientais

Como vimos acima, os riscos ambientais são aqueles relativos ao ambiente do trabalho, e são classificados de acordo com sua natureza e maneira em que atuam no organismo humano. São eles:

  • Riscos físicos
  • Riscos químicos
  • Riscos biológicos

Riscos Físicos

Os riscos físicos são causados por vibrações; ruídos; temperaturas extremas (seja calor ou frio); radiações ionizantes e não ionizantes (temos um artigo sobre elas); pressões; umidade; e até mesmo o nível de iluminamento do local de trabalho.

Vamos ver um pouco mais sobre cada um deles?

Vibrações: as vibrações localizadas ou vibrações de corpo inteiro podem afetar tanto as  articulações dos trabalhadores como a parte muscular, além de causar outros possíveis problemas.

Ruídos: o problema de trabalhar com ruídos é a redução da capacidade auditiva do trabalhador, que acaba atuando diretamente sobre seu estado emocional, complicando assim o equilíbrio psicossomático.

Temperaturas Extremas: trabalhador que atua em condições térmicas rigorosas, seja para o calor ou para o frio, está exposto a este risco.

Radiações ionizantes e não ionizantes: as radiações ionizantes são provenientes de materiais radioativos e por isso oferecem sério risco à saúde em caso de descuido.

A radiação não ionizante é de natureza eletromagnética e os efeitos dependem de alguns fatores como a duração e a intensidade da exposição, comprimento de onda, etc.

Pressões: o problema de trabalhar com pressões anormais aparece em trabalhos submersos ou realizados abaixo do nível do lençol freático.

Umidade: o trabalhador que atua diariamente em locais alagados ou encharcados também está exposto a um risco físico.

Nível de Iluminamento: Trabalhar com baixa ou com altíssima luminosidade também configura um risco ocupacional iminente.

Riscos Químicos

Os Riscos Químicos são aqueles que possuem uma ação química sobre o nosso organismo, sejam eles de forma gasosa, líquida ou sólida.

Quando esses agentes encontram-se dispersos no ar, podemos chamar de contaminantes atmosféricos que podem ser classificados em: aerodispersóides; gases ou vapores.

Os Aerodispersóides são pequenas partículas, sólidas ou líquidas, que se mantém por muito tempo em suspensão no ar. Podem ser fumaças, névoas, neblinas, poeiras…

Como este componente fica por longo tempo no ar, pode ser facilmente inalado pelo trabalhador podendo causar intoxicações respiratórias.

Os gases configuram-se na dispersão de moléculas que se misturam completamente no ar, podendo causar danos à saúde do trabalhador.

Os vapores também são dispersões de moléculas no ar, mas ao contrário dos gases, podem se condensar para a forma líquida ou sólida em condições normais de pressão e temperatura.

Riscos Biológicos

Aqui encontramos os vírus, bactérias, fungos, parasitas, aos quais profissões como médicos, lixeiros, açougueiros, enfermeiros, entre outros inúmeros exemplos ficam frequentemente expostos.

Riscos Ergonômicos:

Os Riscos Ergonômicos são aqueles que possuem relação com fatores psicológicos e fisiológicos inerentes às atividades daquele profissional. Tais fatores podem produzir alterações tanto na saúde quanto na produtividade dos trabalhadores.

Alguns exemplos de riscos ergonômicos são os movimentos repetitivos ou viciosos, o trabalho muito tempo em pé, esforço físico intenso, má postura, desconforto acústico ou térmico, entre outros.

Riscos de Acidentes

Por último e não menos importante, temos o Risco de Acidentes, que é relacionado com qualquer situação que provoque a alteração da rotina habitual do trabalhador.

Relação dos Riscos x PPRA

Importante frisarmos uma coisa aqui, pois você pode estar se perguntando… “E nos casos de PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), todos os riscos são considerados?”

A resposta é: não.

Quando se trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) apenas são considerados os Riscos Físicos, Químicos e Biológicos.

Neste caso, então, não entram os Riscos de Acidente nem os Riscos Ergonômicos.

E quais as Medidas de Controle do Risco?

Como você pôde ver, garantir a Segurança do Trabalho aos trabalhadores não é uma atividade tão simples tendo em vista a quantidade de riscos relacionados a cada ocupação.

Para amortização e redução dos riscos que vimos acima, algumas medidas foram criadas sendo algumas com maior prioridade, outras com menor. Essa lista de prioridades é conhecida por Hierarquia de Controle (HOC).

Hoje em dia, através da internet, podemos ver vários tipos de HOC, mas aqui vamos trazer a você os princípios básicos nos quais as hierarquias são baseadas.  

Basicamente, existem três áreas nas quais as Medidas de Controle do Risco podem ser aplicadas. São elas:

  • Na origem do contaminante (Fonte)
  • Ao longo do percurso entre a origem e o trabalhador (Ambiente)
  • No receptor (Trabalhador)

Como você pode ver na imagem abaixo.

Para cada uma destas três fases, encaixamos alguma das seguintes medidas:

Medidas de Eliminação (Fonte): Essa medida prevê a eliminação da condição perigosa que coloca em risco o trabalhador. Por exemplo, eliminar o manuseio manual de uma ferramenta perigosa por um manuseio mecânico.

Medidas de Substituição ou Minimização (Fonte): Substituir o agente de risco perigoso por outro menos agressivo ou, ainda, reduzir a energia do processo (através de força, amperagem, temperatura, etc.)

Medidas de Engenharia (Ambiente): Mudança na estrutura do local de trabalho do profissional, de modo a distanciar a condição perigosa dos trabalhadores. Por exemplo: implantação de sistemas de ventilação, enclausuramento, etc.

Medidas de Separação (Ambiente): Um exemplo para esta medida é a separação de ciclistas, pedestres e veículos nas vias públicas da cidade. Dessa forma, separa as energias evitando acidentes.

Medidas Administrativas (Ambiente e Trabalhador): Aqui entram os treinamentos e ensinamentos para a execução do trabalho. Também está inclusa a sinalização horizontal e vertical, os sinais de advertência e alarmes, além de permissões de acesso, etc.

E por último na Hierarquia de Controle, mas ainda como uma importante Medida de Controle do Risco, vemos os EPIs!

EPI – Equipamento de Proteção Individual: Quando todas as medidas anteriores não forem suficientes para assegurar a saúde e segurança do trabalhador, é dever da empresa o fornecimento de equipamentos de proteção individual para o trabalhador que deve guardar, manusear e cuidar com atenção.

Observe a imagem que criamos abaixo para que você possa comprrender melhor a Hierarquia de Controle (HOC).

Medicas de Controle de Risco Prometal EPIs

Vale ressaltar que sempre que a empresa concede um EPI para o trabalhador, significa que naquela atividade/função existe um risco que não foi 100% eliminado pelas medidas anteriores.

Por isso toda a atenção e cuidado ao manuseio do Equipamento de Proteção Individual é tão importante.

Mais uma classificação…

Essas mesmas Medidas de Controle do Risco, além de serem definidas como vimos acima, podem ser definidas por Controle de Prevenção e Controle de Recuperação.

Os Controles de Prevenção são aquelas medidas que evitam a possibilidade da situação perigosa atingir o trabalhador. É como se evitassem que um objeto caísse, chegando assim até a cabeça do trabalhador.

Já os Controles de Recuperação são as medidas que atuam na consequência, após o evento indesejado já ter acontecido. Como por exemplo o capacete, que não evita que o objeto não caia, mas evita que machuque o trabalhador quando chegar até ele.

Ficou claro pra você? Se restar alguma dúvida, não esqueça de deixar nos comentários.

Continue sua leitura com o nosso artigo Como monitorar os riscos ocupacionais?

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