Blog   EPIs   31 de janeiro de 2018

EPIs para Eletricista

Tempo de Leitura: 7 minutos

Os Equipamentos de Proteção Individual fazem parte do dia a dia de diversos profissionais durante a jornada de trabalho. Cada profissão, exige um tipo de proteção.

Hoje, é dia de falar sobre os EPIs para eletricista e como podemos proteger o trabalhador com as medidas de segurança adequadas e a utilização dos equipamentos para garantir a proteção na hora da manutenção elétrica.

Com o avanço tecnológico cada vez mais acelerado e moderno, percebemos que tudo está conectado e interligado por fios e cabos de alta tensão. As redes elétricas proporcionam essa evolução, na qual, milhões de pessoas estão conectadas a energia elétrica.

O crescimento nos últimos anos, causou um grande impacto na vida da população. Para tudo isso acontecer, trabalhadores especializados em rede elétrica com o auxílio de outras tantas profissões, como o Técnico em Segurança do Trabalho ou Engenheiros, por exemplo, possibilitam esse crescimento.

Mas, você sabe como proteger esses profissionais?

Este post vai apresentar os principais riscos, as medidas de segurança do trabalho e quais são os EPIs para Eletricista!

Risco Elétrico

O risco elétrico está presente nas nossas vidas, seja no trabalho ou no lazer, diariamente estamos expostos aos perigos da rede elétrica. Por isso, o conhecimento é muito importante para garantir a prevenção dos trabalhadores e também das pessoas que lidam com eletricidade em casa sem nenhuma proteção. O EPI protege o usuário da rede elétrica e proporciona segurança na hora de lidar com a rede elétrica.

Todas as empresas tem o dever de fornecer o Equipamento de Proteção Individual adequado para os colaboradores, conforme a NR 6 no anexo 6.3 que diz:

“A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.”

Porém, muitos profissionais são autônomos e tem o dever de proteger a sua própria saúde. Se você se é este profissional, deve ter o conhecimento da NR 10 para compreender as medidas de segurança para a proteção no trabalho.

NR 10 – Serviços em Eletricidade

epi eletricista

A NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade estabelece as diretrizes e garante as condições mínimas de segurança dos empregadores que trabalham em instalações elétricas, em todas as suas etapas. Ela ajuda a combater os riscos existentes, protegendo a saúde e segurança do trabalhador, reduzindo os acidentes com a eletricidade.

A função do eletricista deve ser executada por um profissional qualificado, habilitado e autorizado. É fundamental o treinamento e o conhecimento para prevenção dos acidentes. Afinal, existem muitos riscos nas tarefas realizadas na rede elétrica e o trabalhador precisa ficar atento para evitar os acidentes e proteger a sua vida.

Se formos analisar a NR 10, vemos que no item 10.2.1 está determinado que para todas as intervenções em instalações elétricas deverão ser adotadas as medidas preventivas de controle do risco elétrico, além de qualquer outra medida para abranger os demais riscos. 

Ambientes de trabalho que contarem com uma carga instalada superior a 75 kW, deverão, obrigatoriamente, elaborar e manter na empresa o Prontuário de Instalações Elétricas. Vamos falar mais sobre ele?

Prontuário de Instalações Elétricas

Neste prontuário, deverá conter algumas obrigações, como: 

  • Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes; 
  • Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos; 
  • Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR; 
  • Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; 
  • Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva; 
  • Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; e 
  • Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”. 

Além disso, companhias que desenvolverem determinadas tarefas dentro de áreas ou equipamentos integrantes de sistema elétrico, deverão, ainda, adicionar mais os dois seguintes itens:

  • Descrição dos procedimentos para emergências; e 
  • Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual; 

Este documento deverá ser mantido na empresa pelo prazo de 5 anos, sendo feitas sempre as devidas atualizações quando necessário. O prontuário deverá ficar à disposição de todos os colaboradores envolvidos direta ou indiretamente com eletricidade.

Se você quiser saber mais sobre a NR 10, confira este artigo que escrevemos para contar o que diz esta norma regulamentadora. Clique aqui!

EPIs para Eletricista

Sabemos que o Equipamento de Proteção Individual é essencial para algumas profissões. No caso do eletricista, o trabalhador deve ficar atento em algumas especificações para proteger-se contra o risco elétrico. Principalmente na hora de identificar o EPI correto e assegurar a funcionalidade do produto para a exposição dos riscos ambientais encontrados no ambiente de trabalho.

Os principais EPIs para eletricista são:

  • Capacete de segurança classe B: Indicado para o uso com risco de choque elétrico.
  • Botina de segurança: Cuidado ao escolher este EPI. Certifique-se que não tenha nenhum material metálico. Para estar 100% seguro é preciso um equipamento dielétrico, capaz de isolar a eletricidade.
  • Luva de Segurança: É um EPI essencial para o trabalhador. As luvas de proteção garantem a segurança na manutenção de instalações e serviços com eletricidade em geral. É ideal a utilização de duas luvas: A luva isolante de borracha e a luva de couro que é sobreposta para proteger a integridade da luva isolante. Veja alguns exemplos:
  • Luva Isolante de Borracha: proteção de mãos e braços
    Luva Couro de Proteção para Luva Isolante
    Luva de proteção tipo condutiva: É mais justa e protege apenas mãos e punhos.
    Luva de vaqueta: luva de segurança mecânica para luvas do tipo condutiva
  • Manga Isolante de Borracha: protege os braços e proporcionam mais segurança para exercer determinadas atividades onde o risco pode ser maior.
  • Cinto de Segurança: Às vezes também é preciso realizar o trabalho em altura! O cinto de segurança para eletricista é específico para proteger o trabalhador do risco de choque elétrico.
  • Protetor Facial Contra Arco Elétrico
  • Vestimentas Especiais: Camisas e calças especiais contra agentes térmicos provenientes do arco elétrico.

Identificar o EPI adequado para cada risco é fundamental para garantir a segurança do trabalho. Por isso, fique atento as especificações de cada equipamento e aos riscos ambientais na hora de exercer a atividade profissional.

Confira a linha completa de EPIs para eletricista!

Como escolher EPIs para Eletricista?

A escolha dos EPIs para Eletricista e todos os demais itens de segurança dependerá de uma análise de risco criteriosa de todo o ambiente de trabalho. Essa análise deve ser feita por meio de um PGR – o Programa de Gerenciamento de Riscos.

Esse processo deve ser baseado de acordo com as determinações da NR 1. A equipe especializada irá inspecionar o local de trabalho para entender melhor como cada atividade é realizada e assim identificar os riscos que podem surpreender os trabalhadores.

Através deste procedimento, será possível identificar, avaliar e analisar todos os fatores ambientais encontrados. Inclusive, com o tempo e a intensidade de exposição para cada risco. Seguindo este processo, será possível desenvolver as medidas de controle de risco.

Nestas medidas serão utilizados equipamentos de proteção individual correspondentes aos riscos listados. Ou seja, para definir os equipamentos necessários, os riscos ambientais devem (e são obrigatórios) ser considerados.

Sobre o PGR

Como já dissemos, PGR é a sigla para Programa de Gerenciamento de Risco. Este é mais um programa desenvolvido para reduzir e controlar os riscos no ambiente de trabalho. Refere-se a uma série de estratégias implementadas para esse fim.

Está identificado na NR 1, que contém todas as diretrizes gerais para atendimento às especificações regulatórias. No item 1.5, encontramos o item de gestão de risco ocupacional, que inclui a determinação do PGR.

Lembre-se que além de organizar o programa, o empregador tem a responsabilidade de:

  • Amenizar ou eliminar todos os riscos que possam surgir no trabalho;
  • Identificar possíveis perigos e possíveis lesões aos trabalhadores;
  • Avaliar os riscos existentes no meio ambiente, indicando o nível desses riscos;
  • Categorizar os agentes descobertos para determinar se as medidas de prevenção e controle de risco são necessárias (ou não);
  • Implementar essas medidas de acordo com as necessidades de cada ambiente; 
  • Fazer o acompanhamento depois da implementação de tais medidas, para ver se ainda são suficientes para proteger os trabalhadores;
  • Etc. 

Além disso, o PGR deve conter um inventário de riscos e um plano de ação para tratar ou atenuar os agentes. Esses documentos devem ser produzidos pela empresa de acordo com as normas regulamentadoras respectivas. 

Todos estes documentos devem ser acessíveis aos trabalhadores, técnicos de segurança do trabalho, inspetores, etc. E deverão ficar na empresa por 5 anos. 

A importância dos EPIs

O principal objetivo do EPI é proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores dos riscos que não puderam ser eliminados do ambiente. Em outras palavras, os equipamentos de proteção individual são a última linha de defesa utilizada contra acidentes de trabalho.

Além disso, segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, um novo registro de acidente de trabalho é emitido a cada 50 segundos. Em relação às fatalidades, registra-se 1 óbito de trabalhador a cada 3 horas e 51 minutos, devido a algum tipo de acidente ocasionado durante a atividade laboral.

Quanto aos choques elétricos, podemos dividir os acidentes de trabalho em três categorias, são elas: 1) choque elétrico; 2) incêndio por sobrecarga e; 3) descargas atmosféricas.

Segundo a ABRACOPEL, em 2019, 56% dos acidentes elétricos foram causados ​​por eletrocussão, com 909 registros e 697 fatalidades. Seguem-se os acidentes por sobrecarga, com 656 ocorrências. O menor número de acidentes são aqueles causados ​​por emissões atmosféricas, com apenas 5%.

Além disso, ainda segundo dados coletados pela ABRACOPEL, o Nordeste foi responsável por 41% de todos os acidentes em 2019 e, pelo quarto ano consecutivo, teve o maior número de mortes por eletrocussão registradas no país. 

A desinformação e o descaso com os EPIs para Eletricista, por exemplo, estão entre as principais razões para o aumento desses números. Trabalhar nesse campo exige cuidados redobrados, como o uso correto e completo dos EPIs e EPCs, conscientização dos trabalhadores e empresas, e qualificação dos profissionais técnicos.

O risco elétrico pode estar em todo o lugar. Tenha atenção ao trabalhar com a eletricidade, proteja a sua vida e a vida dos seus colegas de trabalho!

No canal Pensou Proteção, também publicamos um vídeo sobre os EPIs para Eletricista. O nosso consultor de vendas e técnico de segurança do trabalho, André, explica um pouco mais sobre os tipos de Equipamentos de Proteção Individual. Confira:

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