Blog   EPIs   10 de junho de 2020

Descarte de Luvas Contaminadas – como fazer?

Tempo de Leitura: 4 minutos
Descarte de Luvas Contaminadas

Dentre as principais medidas de proteção contra a disseminação do Coronavírus, está a utilização de Luvas de Segurança. Por serem utilizadas na “linha de frente”, é lógico que se contaminam com facilidade. Por este motivo, realizar o descarte correto de luvas contaminadas é tão importante. 

Mesmo ao serem postas no lixo, continuam a ser uma preocupação pois, os vírus e bactérias resistem a um certo tempo no material. Assim, ainda oferecem risco à nossa saúde pois podem ser fontes de contaminação de outra pessoa.

Ou seja, tão importante quanto utilizar as Luvas e Máscaras de Segurança, é saber o que fazer depois de utilizá-las. Lembre-se que, na maioria das vezes, as luvas, principalmente, são descartáveis, de uso único, fazendo com que você precise descartar com frequência.

Portanto, se você deseja saber mais sobre o descarte de Luvas Contaminadas, fique de olho neste artigo. Iremos mostrar a você as principais informações para fazer isto com segurança e responsabilidade. Além do mais, iremos mostrar, também, o tempo de duração de vírus como o novo Coronavírus em superfícies como estes materiais.

Tenha uma boa leitura e lembre-se: estamos juntos na luta contra a Covid-19. Use máscara, use luvas e descarte-as com segurança. 

Quais são as Luvas utilizadas no Coronavírus? 

Alguns estabelecimentos estão exigindo o uso de Luvas para a entrada em seus ambientes. Nestes casos, a recomendação é que se utilize Luvas Descartáveis que podem ser fabricadas em Látex natural, Nitrila ou Vinil. Como escolher entre elas? 

Cada uma dessas luvas possui recomendações e finalidades determinadas. No entanto, contra o Coronavírus são igualmente eficientes, já que tudo que precisamos é criar uma barreira de proteção entre o usuário e o ambiente ou algum produto a ser manipulado.

Assim, leve em consideração a sua preferência quanto ao material em que é fabricado e suas especificações. Por exemplo, o látex natural é o modelo mais em conta do mercado. No entanto, muitas pessoas alegam ter alergia a este material. Nestes casos, o uso não é recomendado.

Então temos as Luvas Vinílicas e de Nitrila. Ambas são mais resistentes que as luvas de látex e a melhor notícia é que são hipoalergênicas. Ou seja, são uma excelente opção para aquelas pessoas que são hipersensíveis à borracha natural. 

Como descartar as Luvas Contaminadas?

Luvas Contaminadas pelo Coronavírus devem ser manejadas com muita segurança e responsabilidade, já que o vírus perdura por um tempo nessas superfícies. Por isso, a recomendação é seguir as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Dessa forma, as luvas contaminadas deve ser acondicionadas em sacos de cor branca leitosa. Estes devem ser impermeáveis, e produzidos em material resistente à ruptura. O material também deve ser resistente a ponto de evitar vazamentos contidos no interior.

É válido ressaltar que em hospitais, por exemplo, muitas vezes existe um número muito grande de Luvas Contaminadas a serem descartadas. Nesses casos devemos lembrar que existe um limite de peso nesses sacos brancos para descarte, que também deve ser respeitado.

Quando atinge 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 48 horas, os mesmos devem ser substituídos. Além disso, os sacos onde contém as Luvas Contaminadas também devem ser identificados com o símbolo da substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.

Durante as etapas de gerenciamento deste descarte, os sacos deverão permanecer guardados em recipientes acondicionados e com tampa. Esses contentores deverão ser laváveis e resistentes ao vazamento, ruptura e tombamento. 

Durante toda etapa de gerenciamento os sacos devem permanecer dentro de recipientes de acondicionamento e tampados. O material desses contentores devem ser do tipo lavável, resistente à ruptura, vazamento e tombamento.

Outro ponto importante é que a empresa deverá determinar um ambiente específico para que estes resíduos como as Luvas Contaminadas sejam guardados até o recolhimento. Esta é uma especificação da RDC/ANVISA nº 222/2018.

E antes de serem descartadas?

Antes de serem descartadas, as Luvas Contaminadas, bem como outros resíduos, deverão  receber um tratamento prévio para assegurar a atenuação das características de periculosidade. Além disso, deverá ser observada a preservação dos recursos naturais e o atendimento aos padrões de qualidade ambiental e de saúde pública.

Também existe a necessidade de que o seu tratador dos resíduos seja licenciado pelos órgãos ambientais para evitar qualquer tipo de complicação. Logo depois deste tratamento, este lixo descartado passará a ser considerado resíduo Grupo D, o que será informado na disposição final. 

Tempo que o Coronavírus dura em resíduos

A fim de evitar a disseminação do Coronavírus, a OMS – Organização Mundial de Saúde sugere medidas que estamos acostumados, como: lavar as mãos com água e sabão; usar álcool em gel; luvas e máscaras de proteção. 

Por este motivo, muito lixo destes produtos também acabam sendo gerados. Claro que você não precisa tomar todos esses cuidados em casa, já que não é certa a contaminação. No entanto, em hospitais e locais infectados, a realidade é esta e é bem preocupante. 

O Coronavírus possui um tempo de permanência considerado alto em superfícies e resíduos. Por isso, o descarte correto de Luvas Contaminadas é fundamental para evitar a proliferação da doença. 

Veja abaixo o tempo de permanência do coronavírus em resíduos, segundo pesquisa divulgada pela ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental:

  • Luvas Contaminadas – 8 horas
  • Resíduos plásticos – 5 dias
  • Resíduos de papel- 4 a 5 dias
  • Resíduos de vidro – 4 dias
  • Alumínio – 2 a 8 horas
  • Aço – 48 horas
  • Madeira – 4 dias

Portanto, é de fundamental importância que os resíduos sejam acondicionados e descartados de maneira segura e ambientalmente correta. Evitando, assim, os impactos no ambiente bem como a disseminação. 

De acordo com a RDC 222/2018 e Resolução CONAMA 358, as Luvas Contaminadas (e demais resíduos) com o vírus deverão ser classificados como resíduos de serviços de saúde do Grupo A (sub grupo A1), IN 13 Ibama no 180102, ABNT 12808.

Além disso, configuram um risco biológico, pois são resíduos com presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção. 

No canal Pensou Proteção, publicamos um vídeo para você aprender na prática como retirar as luvas contaminadas com proteção e segurança.

Assista!

Continue a sua leitura com Luva Multitato: Onde utilizar?

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